sexta-feira, janeiro 30, 2009

Ainda sobre Telescopios.

Além de bisbilhotar pelo espaço sideral, eu também sou, ou pelo menos tento ser, músico.

Começei tocando violão, depois toquei guitarra, fui pra Gaita e agora toco violão. Gaita muito raramente.

Mas isso tudo não vem muito ao caso. O que eu quero contar é a experiencia de ter um bom instrumento e ter um instrumento feito a mão.

Pois bem. Meu primeiro instrumento foi um violão nacional (não vou declinar o nome). O instrumento era muito ruim. Muito ruim mesmo. Não tinha som, era duro e tinha um defeito na quinta-casa que me fez pegar um vicio para fazer acordes naquela posição que foi dificil perder.

Anos depois, comprei um importado, de uma marca Inborn. Deve ter sido o único fabricado, porque nunca mais vi nenhum destes.

O Inborn era bem melhor. Foi como sair da agua para o vinho. Macio, som limpo, apesar do volume restrito.

Um dia, percebi que se queria tocar de fato, o negócio era comprar um violão de autor, feito por um Luthier. Me recomendaram um Sr. chamado Stival Forti de Limeira. Uma figura, a proposito.

E assim passei a ter um violão de verdade. Depois deste comprei ainda um Eagle que era bonzinho que usava pra viajar ou em aulas e um Strinberg de 12 cordas, duro pra caramba, mas que tinha um som divino.

Mas voltando ao Stival Forti. Qual a diferença entre ter um violão de marca e um de autor ? É mais ou menos como mandar fazer uma casa, ou comprar uma de construtora. As atenções aos detalhes são maiores que numa produção em série, tudo é mais acabado, testado ponto a ponto e tudo mais.

O preço ? É maior, claro, mas se eu tivesse ainda tocando meu Inborn, talvez tivesse trocado por varios outros, enquanto meu Stival Forti vai me acompanhar por toda a vida.

Entendeu a diferença ? Bom, isso não significa que qualquer violão de marca seja ruim e nem que todo violão de autor seja bom. É sempre importante pesquisar o historico do Luthier, experimentar e escolher sabendo o que está fazendo, até porque o investimento é alto.

ISTO POSTO, voltemos a historia dos telescópios. Assim como existem Luthiers, existem construtores de telescópios amadores. Vc mesmo pode construir um em casa se quiser.

No Brasil existe um fera no assunto, o Prof. B. Riedel . E é com esta fera que pretendo construir meu telescópio. Pelas razões que enumerei acima. Detalhes, meu caro, detalhes.

O preço ? Bom, é mais caro que um comercial chines, porém mais barato que um alemão ou americano importado com este dolar maluco.

Mas é metade do preço de meu Notebook que daqui há alguns meses estará super ultrapassado.

Acompanhe aqui as negociações e detalhes.

A proposito, além do violão Stival Forti, tenho também uma guitarra Di Castelli Red Special absolutamente fantastica ! Conto dela um dia

15 comentários:

Stefany disse...

Oi Samuel, tudo bem estava lendo seus post, te encontrei por acaso do acaso rsrsrs, tava procurando resoluções do Moyses, e o google indicou seu blog. Sim sim, vc possui pessoas que leem seus post, pelo menos eu irei lê-los. Faço graduação na UFABC, futura talvez Engenheira de Energia. Um longo caminho árduo, mas que valerá no final a pena :D. Eu gostaria de ir melhor nas Físicas, mas não tenho o dom acho, pensei em largar a faculdade e fazer Filosofia mas e a coragem???. É as coisas são mais complicadas do que parecem, principalmente quando vc batalhou arduamente para entrar na faculdade. Bom é a vida, parábens pela 2ª filha e ótimo blog.
Abraços Stéfany :D

Samuel disse...

Olá Stefany.

Obrigado pelo comentario. O livro do Moyses é um otimo livro, vai por ele que vc vai longe.

Mesmo achando que nao tem dom pra Fisica, batalhe, estude que vc consegue.

Abracao.

Samuel disse...

Não é por nada não. Mas este telescopio tá demorando mais do que eu gostaria.

Alem do construtor raramente responder meus emails.

Não tenho pressa, mas a falta de informações me deixa um tanto preocupado. Além disso a epoca de seca na minha região está chegando e os ceus ficam otimos para observar.

Alem de tudo isso, emergencias monetarias me fizeram usar parte do dinheiro reservado para o telescopio.

Unknown disse...

Apesar de naum ter nada aver com física, venho dizer que tambem tenho um violao Inborn... Foi meu primeiro, uns 15 anos já...rsrs E tá inteiro, virou relíquia aqui em casa. Uso um Takamine, mas em casa só dá ele...srsrsr abraço

Samuel disse...

Acreditem, o telescopio ainda nao chegou ! Já passou de um ano da encomenda. O Prof. Biegel disse que está com problemas para treinar profissionais e daí o atraso.

E acreditem. Eu nao estou desesperado (ainda...)

Unknown disse...

Samuel, estou com problemas para resolver dois exercicios de lançamento vertical, podes me ajudar?
1. Dois corpos são lançados verticalmente para cima do mesmo ponto com vel. iniciais de 30 m/s. O segundo corpo é lançado 3 s depoisdo primeiro (g = 10 m/s2). a)o isntante e a posição do encontro? b) as velocidades dos corpos no instante do encontro

2. Dois corpos estão na mesma vertical, à distancia de 30 m um do outro. Abandona-se o de cima e, após, 2 s, o outro. Após, quanto tempo e em que ponto se dará o encontro dos dois? (g = 10 m/s2).

Obrigado

Alexandre

Samuel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Samuel disse...

Alexandre, postei uma solução no dia 31/05/2010. De uma olhada lá! Abração

Samuel disse...

Dois anos e alguns meses depois e nada do meu telescopio !

Anônimo disse...

Tenho um violao inborn nunca vi nenhum desses me ajuda mandarei a foto

Samuel disse...

Opa, diga lá, o que vc precisa...

Anônimo disse...

Oi tenho un inborn queria saber mais sobre ele .

Samuel disse...

Na verdade sei muito pouco sobre ele. Deve ser chines ou de taiwan, é incrivel como não se acha mais informações sobre eles, nem no Google. É raro, pelo fato de não ser tão facil de achar quanto o Eagle por exemplo. É mais ou menos na mesma faixa de qualidade que o Eagle e o Gianini, mas tem mais som, a madeira é um pouco melhor e é mais macio que estes - E aparentemente dura mais também. Mas fica muita abaixo da qualidade de outros de marca como os Yamaha por exemplo. É um violão bem adequado para iniciantes, até mais ou menos o avançado, mas a partir disso, é melhor passar para um melhor. Para uma audição por exemplo, ele já não tem voz. O meu vendi e sei que o dono ainda o usa. Até tentei recomprá-lo para usar para estudo, mas o atual dono nem pensa em vende-lo (sinal que está feliz com ele). Eu já tive um Tonante, este Inborn, um Strinberg e um Eagle. Atualmente tenho só do Luthier Stival Forti, otimo violão !

Anônimo disse...

Quero vender meu inborn quanto esta valendo

Samuel disse...

Nem saberia chutar. Leve numa loja para avaliar. Veja mais ou menos o preço de um Eagle no mesmo estado de conservação e peça um pouco a mais. Mas lembre-se que, ao contrário de violões de Luthier, os de marca (principalmente os chineses) desvalorizam com o tempo, porque a madeira começa a empenar e os trastes vão se gastando! Os de Luthier, ao contrário, quanto mais tempo de fabricação, melhor - Desde que bem conservados, obviamente. Eles dizem que o instrumentos vai aprendendo e amadurecendo !