Uma tragédia aconteceu ontem em São Paulo. Um Learjet com piloto e co-piloto, caiu em uma casa próxima a cabeceira da pista do campo de Marte em São Paulo. Alguns comentários breves.
- Os reporteres mais uma vez iniciaram a condenação pública dos aeroportos dentro de cidade. Mesmo eles usando os TVCop que decolam de Marte todos os dias.
- E começa o exercício de achologismo. Uma aeronave como o Learjet tem sua manutenção muito bem conhecida e operação idem. A possibilidade de falha de operação é mais difícil nestes casos. A impressão que tive, do relato de uma testemunha foi de ingestão de alguma coisa pelo motor - Raro nos Learjet que tem o motor bem alto. Poderia ser colisão com passaro por exemplo. Uma testemunha disse ter ouvido um barulho de metal raspando vindo da turbina.
- A forma da trajetória parece indicar pane no motor direito que por sinal é o que tem o sistema de gerador eletrico e ar condicionado. Pane nele é pane eletrica até ser acionado o APU. O que talvez justifique a falta de comunicação com a torre e talvez falta de outros equipamentos elétricos.
- Um reporter disse que "a tragédia poderia ter sido pior se o avião tivesse atingido um prédio". Para os parentes das vítimas - Crianças e um bebê inclusive, nada poderia ser pior. Tragédia não tem unidade de medida. Tragédia é tragédia.
- A queda de bico e a alta velocidade pode indicar travamento de controles.
Como sempre, um acidente destas proporções e com um equipamento destes nunca é causado por uma única falha. Sempre ocorrem sucessões de erros - ou falhas - que culminam com um acidente. É muito imprudente da imprensa tentar culpar pilotos, empresa dona do avião ou caracteristicas do aeroporto. Investigação de acidente aéreo é coisa muito séria e demorada.
E alarmismos a parte, uma nota: Durante os quatro dias de feriado de Finados, morreram nas estradas 104 pessoas, mais de 1000 ficaram feridas. Temos de ficar de olho no céu, mas as tragédias automobilisticas, quem vai olhar ?
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