quarta-feira, novembro 28, 2007

Campo eletrico ...

Este exercício está proposto por Sears/Zemansky/Young no livro Fisica volume 3, 2a. edição. Exercício n. 25-7.

Uma carga elétrica de 16x10-9 C é fixada à origem das coordenadas; uma segunda carga de valor desconhecido está em x=3m;y=0 e uma terceira carga de 12x10-9 C está em x=6m e y=0. Qual é o valor da carga desconhecida se o campo resultante em x=8m, y=0 é de 20,25 N.C-1 e dirigido para a direita ?

Bom. Nestes casos fazemos os seguite: Calculamos o campo elétrico devido a cada carga no ponto desejado. Somamos tudo e encontramos o valor do campo elétrico faltante... Aí encontra-se o valor da carga.

Então tá.

O campo elétrico devido a primeira carga, no ponto (8,0) é:

E1 = cte.q.r-2 = 8,98.109 .16x10-9x82 = 2,245 N.C-1

O campo elétrico devido a terceira carga, no mesmo ponto é:

E2 = cte.q.r-2 = 8,98x109 . 16x10-9 . 22 = 26,94 N.C-1

Então no ponto (8,0) estas duas cargas geram um campo resultante de 29,185 N.C-1.

Se ao colocar a segunda carga o campo cai para 20,25 N.C-1, então já podemos desconfiar que esta carga é negativa.

Para que o campo total seja 20,25 N.C-1, o campo elétrico devido a segunda carga deve ser -8,935 N.C-1.

Se E=cte.q.r-2, então q = E.cte-1.r2 = -8,95.(8,98x109)-1.52 = -2,48.10-8

Portanto a carga desconhecida é de -24,8 x 10-9 C !

Ufa, já estava com saudades de publicar algum exercício resolvido. Afinal este é o objetivo principal deste blog. Fiz muitos em papel, mas o tempo pra passar pro meio digital anda muito escasso !

O SENHOR já ouviu a minha súplica; o SENHOR aceitará a minha oração. 
Salmos 6:9

segunda-feira, novembro 05, 2007

A queda do Learjet em São Paulo.

Uma tragédia aconteceu ontem em São Paulo. Um Learjet com piloto e co-piloto, caiu em uma casa próxima a cabeceira da pista do campo de Marte em São Paulo. Alguns comentários breves.

- Os reporteres mais uma vez iniciaram a condenação pública dos aeroportos dentro de cidade. Mesmo eles usando os TVCop que decolam de Marte todos os dias.
- E começa o exercício de achologismo. Uma aeronave como o Learjet tem sua manutenção muito bem conhecida e operação idem. A possibilidade de falha de operação é mais difícil nestes casos. A impressão que tive, do relato de uma testemunha foi de ingestão de alguma coisa pelo motor - Raro nos Learjet que tem o motor bem alto. Poderia ser colisão com passaro por exemplo. Uma testemunha disse ter ouvido um barulho de metal raspando vindo da turbina.
- A forma da trajetória parece indicar pane no motor direito que por sinal é o que tem o sistema de gerador eletrico e ar condicionado. Pane nele é pane eletrica até ser acionado o APU. O que talvez justifique a falta de comunicação com a torre e talvez falta de outros equipamentos elétricos.
- Um reporter disse que "a tragédia poderia ter sido pior se o avião tivesse atingido um prédio". Para os parentes das vítimas - Crianças e um bebê inclusive, nada poderia ser pior. Tragédia não tem unidade de medida. Tragédia é tragédia.
- A queda de bico e a alta velocidade pode indicar travamento de controles.

Como sempre, um acidente destas proporções e com um equipamento destes nunca é causado por uma única falha. Sempre ocorrem sucessões de erros - ou falhas - que culminam com um acidente. É muito imprudente da imprensa tentar culpar pilotos, empresa dona do avião ou caracteristicas do aeroporto. Investigação de acidente aéreo é coisa muito séria e demorada.

E alarmismos a parte, uma nota: Durante os quatro dias de feriado de Finados, morreram nas estradas 104 pessoas, mais de 1000 ficaram feridas. Temos de ficar de olho no céu, mas as tragédias automobilisticas, quem vai olhar ?