Está chegando uma temporada muito especial no campus. A CHEGADA DOS BIXOS !!!
Estou aqui há 10 anos e todo ano a historia se repete. Pais atentos a qualquer movimento que possa insinuar trote, alunos descobrindo o campus, namorados romanticos, carros, esperanças...
Eu fico observando as familias e alguns rituais se repetem. Muitos alunos vem de capitais ou grandes cidades e por isso, acham a cidade uma beleza só: Muitas árvores, tudo perto, uma tranquilidade, dá até pra deixar a janela aberta a noite.
Isso em breve vai ser substituido por: Ter de limpar a casa toda manhã pra tirar as folhas, onibus que não funcionam, um transito caotico e - Pai, roubaram nossa televisão da Republica !
A primeira coisa que os pais procuram é um lugar pro filho ou filha ficar. Qualquer lugar serve, mas prefere-se lugares calmos, proximos a faculdade, com agua/luz/telefone, sem lugar pra festas, casas novas.
A primeira coisa que o aluno procura é uma bicicleta !
Não sei se a preocupação dos pais passam, mas o fato é que eles, em pessoa, somem. Ficam os alunos...
E mudanças visuais acontecem ! Mas ai eles deixam de ser bixos e passam a ser veternos.
Pois é, os bixos estão chegando. Com suas experiencias e suas esperanças !
Eles vão aprender que foram enganados todo este tempo: O vestibular não é o fim, é o começo !
E eu, daqui da minha tenda de observação, observo e ajudo no que posso !
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Feliz ano novo do calendário Brasileiro e as Oportunidades Unicas que a vida nos dá !
Como diria um amigo meu, o Brasil só começa a funcionar mesmo, depois do Carnaval. Então, feliz ano novo para todos ;)
Ontem passei por uma situação absurdamente ridicula, fazendo uma coisa que gosto muito: Fotografar.
Minha história com fotografia começou quando cheguei a conclusão que eu não sabia fotografar. Naquela viagem pra Paris, que já contei aqui, tirei poucas e péssimas fotos. Alguma velaram, outras não saiu nada. Usei uma Yashica automatica, pin-hole, ruim de matar. Comprei filmes sem escolher ASA e o resultado foram fotos obtidas mais com sorte que com técnica e varias poses perdidas.
Voltei decidido a aprender a fotografar.
Comprei uma Fujica usada, com lentes macros, até uma Teleobjetiva de 180 mm, mais duas teleconverter. Comprei muitos filmes e fui aprendendo a clicar. Muitos testes, muitas experiências, muitas fotos ruins e algumas boas. Fui aprimorando a técnica e hoje acho que até consigo fazer fotos interessantes. Além da Yashica e da Fujica, tenho uma Olympus TRIP-35 fantastica, além de outras automáticas. Tenho uma panoramica, pin-hole também que é bem legal !
Depois de muito relutar, comprei uma camera digital. Uma camera pequena, da Olympus, marca que já me inspira confiança da época do filme ! A pequena digital me impressionou. Não é uma SLR, mas é bem melhor que qualquer 35 mm não SLR de filme. Isso porque é quase uma SLR, já que a imagem vista é praticamente a imagem que será registrada. A camerinha faz imagens com zoom de 4 x (optico) e macros (não como a minha Fujica, mas tem seu charme).
Como gosto de fotografar flores, a Olympus está mostrando bons serviços.
Ontem, passando por um bairro sem asfalto, numa região carente da cidade, vi uma cena impar. Uma garota de uns 10 a 12 anos no máximo, montada em um cavalo pequeno (não sei se especie pequena ou por ser jovem), conduzindo uma boiada de umas 20 cabeças.
A boiada ficou entre meu carro e tive que esperar os bois se dispersarem. A garota, prontamente veio afastar os bixos, com uma desenvoltura impressionante.
A garota, de traços fortes e espressão séria, me inspirou a fotografar. Tirei minha companheira Olympus do porta-luvas, fiz alguns ajustes (adeus Flash, se essa boiada estoura, eu tô ferrado), mostrei a camera a ela e fiz sinal se poderia fotografá-la.
Ela fez uma pose que me desconsertou. O cavalo olhando pra mim e ela com um olhar duro do sertão e uma vaidade de uma menina de 12 anos. O terreno molhado pela chuva, tudo muito certo.
Cliquei.
Ela se despediu com um sinal e continuou seu caminho.
E a foto não saiu. Ficou fora de foco.
Acho que os frios computadores da pequena Olympus não conseguiram entender a beleza daquela momento, ou então o inexperiente fotografo digital foi pego pela emoção.
Seja como for, aquele momento se foi e nunca mais voltará. É claro que eu vou tentar fotografá-la novamente. Mas ela terá mudado, eu terei mudado. Como disse alguem, você nunca poderá atravessar duas vezes o mesmo rio, porque o rio terá mudado.
O fato é que aquela foto tremida vai ser revelada, de qualquer forma para que eu possa me lembrar que alguns momentos da vida, acontecem apenas uma vez. Seja uma viagem a Paris, seja uma garota de 12 anos conduzindo uma boiada !
Já que estamos no assunto, as melhores fotos que tirei, recentemente, foram usando minha Fujica com filme de ASA 400, com Fotometro ajustado para ASA 200 e revelado como ASA 200 !!! Um aparente erro resultou em fotos com cores absurdamente reais. Em tempo tambem, só utilizo filme FUJI, tem cores mais reais !
Ontem passei por uma situação absurdamente ridicula, fazendo uma coisa que gosto muito: Fotografar.
Minha história com fotografia começou quando cheguei a conclusão que eu não sabia fotografar. Naquela viagem pra Paris, que já contei aqui, tirei poucas e péssimas fotos. Alguma velaram, outras não saiu nada. Usei uma Yashica automatica, pin-hole, ruim de matar. Comprei filmes sem escolher ASA e o resultado foram fotos obtidas mais com sorte que com técnica e varias poses perdidas.
Voltei decidido a aprender a fotografar.
Comprei uma Fujica usada, com lentes macros, até uma Teleobjetiva de 180 mm, mais duas teleconverter. Comprei muitos filmes e fui aprendendo a clicar. Muitos testes, muitas experiências, muitas fotos ruins e algumas boas. Fui aprimorando a técnica e hoje acho que até consigo fazer fotos interessantes. Além da Yashica e da Fujica, tenho uma Olympus TRIP-35 fantastica, além de outras automáticas. Tenho uma panoramica, pin-hole também que é bem legal !
Depois de muito relutar, comprei uma camera digital. Uma camera pequena, da Olympus, marca que já me inspira confiança da época do filme ! A pequena digital me impressionou. Não é uma SLR, mas é bem melhor que qualquer 35 mm não SLR de filme. Isso porque é quase uma SLR, já que a imagem vista é praticamente a imagem que será registrada. A camerinha faz imagens com zoom de 4 x (optico) e macros (não como a minha Fujica, mas tem seu charme).
Como gosto de fotografar flores, a Olympus está mostrando bons serviços.
Ontem, passando por um bairro sem asfalto, numa região carente da cidade, vi uma cena impar. Uma garota de uns 10 a 12 anos no máximo, montada em um cavalo pequeno (não sei se especie pequena ou por ser jovem), conduzindo uma boiada de umas 20 cabeças.
A boiada ficou entre meu carro e tive que esperar os bois se dispersarem. A garota, prontamente veio afastar os bixos, com uma desenvoltura impressionante.
A garota, de traços fortes e espressão séria, me inspirou a fotografar. Tirei minha companheira Olympus do porta-luvas, fiz alguns ajustes (adeus Flash, se essa boiada estoura, eu tô ferrado), mostrei a camera a ela e fiz sinal se poderia fotografá-la.
Ela fez uma pose que me desconsertou. O cavalo olhando pra mim e ela com um olhar duro do sertão e uma vaidade de uma menina de 12 anos. O terreno molhado pela chuva, tudo muito certo.
Cliquei.
Ela se despediu com um sinal e continuou seu caminho.
E a foto não saiu. Ficou fora de foco.
Acho que os frios computadores da pequena Olympus não conseguiram entender a beleza daquela momento, ou então o inexperiente fotografo digital foi pego pela emoção.
Seja como for, aquele momento se foi e nunca mais voltará. É claro que eu vou tentar fotografá-la novamente. Mas ela terá mudado, eu terei mudado. Como disse alguem, você nunca poderá atravessar duas vezes o mesmo rio, porque o rio terá mudado.
O fato é que aquela foto tremida vai ser revelada, de qualquer forma para que eu possa me lembrar que alguns momentos da vida, acontecem apenas uma vez. Seja uma viagem a Paris, seja uma garota de 12 anos conduzindo uma boiada !
Já que estamos no assunto, as melhores fotos que tirei, recentemente, foram usando minha Fujica com filme de ASA 400, com Fotometro ajustado para ASA 200 e revelado como ASA 200 !!! Um aparente erro resultou em fotos com cores absurdamente reais. Em tempo tambem, só utilizo filme FUJI, tem cores mais reais !
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
O que voce vai ser quando voce crescer !
Muito bem, chegou a hora que todos os tios, avós, padrinhos, mães e pais sempre esperaram: A hora de decidir que profissão você vai seguir.
A decisão é sua, só sua. Bom, sua, só sua, mas é bom levar em conta que seu pai quer que você seja advogado, sua mãe engenheiro, sua tia cantor de opera e sua avó que você seja datilografo.
Não, não é fácil escolher a profissão que você vai seguir, até porque, raramente alguem escolhe. A história de quase todos os profissionais que conheço começam assim: Eu queria ser tal coisa, mas ...
Eu pessoalmente passei parte da infância acreditando que eu ia ser engenheiro elétrico como meu tio, que não é engenheiro elétrico, diga-se de passagem. Mas na escola uma professora acreditou ter visto em mim um talento para desenho e pos-se a me ensinar a arte de desenhar.
Meu pai me colocou nas aulas de violão, para que eu aprendesse a tocar, como a sobrinha dele fazia - até com o mesmo professor, mas nunca pensou, nem pensei, em violão como profissão.
Minha tia, achava que eu ia ser pianista. E minha avó achava que eu ia ser médico. Alias ela morreu achando que eu era.
No meio de todas estas alternativas, eu. Bom, eu gostava de desenhar e achava que seria uma profissão bem legal. Meus primeiros desenhos foram escolhidos para exposições coletivas, criei algumas coisas que gosto, como um logo para uma instituição da cidade. Ganhei um concurso estadual de desenhos e achei ter encontrado minha profissão.
Até que uma professora começou a mostrar os segredos do universo, da ciencia e da física e o mundo perdeu um promissor desenhista, mas ganhou um fisico mediano :)
Eu acho que até hoje não me decidi por que profissão seguir. Até porque não decidi fazer Física, a Fisica me escolheu. Eu prestei Ciencia da Computação, mas minha pontuação foi suficiente para o curso de Física.
Reencontrei uma grande amiga da época de graduação que está dividindo o tempo de física com massagens ! Alias ela é a segunda que foi por este caminho.
Ontem conversando com um rapaz, estava me lembrando dos tempos de Office Boy. Tinha uma escola de computação que eu era monitor/estagiario, que quando não tinha Office Boy, eu assumia o glamuroso posto.
Resumo da Opera: Eu fazia desenhos, pensando em ser Engenheiro Eletrônico como meu tio que na verdade era técnico em Telecomunicações. Por não ter ido bem na prova de Fisica no vestibular pra Ciência da Computação, fui fazer Física, pra finalmente dar aulas de Ciência da Computação porque, quem faz Ciência da Computação não dá aulas e nas horas vagas eu estudo violão clássico e relembro os tempos de Office Boy.
Acho que qualquer dia destes largo tudo e vou fazer massagens !
Então, meu caro Blog-leitor: Não se preocupe com que carreira seguir: Ela te encontrará e você não escapará dela !
Em tempo: Ainda gosto de desenhar. Não tenho mais técnica, mas é bem divertido ! Acho que se hoje eu tivesse acesso as pessoas que atualmente conheço, em particular, Pedro Cameron, eu seria um musico profissional. A vida tem caminhos estranhos !
A decisão é sua, só sua. Bom, sua, só sua, mas é bom levar em conta que seu pai quer que você seja advogado, sua mãe engenheiro, sua tia cantor de opera e sua avó que você seja datilografo.
Não, não é fácil escolher a profissão que você vai seguir, até porque, raramente alguem escolhe. A história de quase todos os profissionais que conheço começam assim: Eu queria ser tal coisa, mas ...
Eu pessoalmente passei parte da infância acreditando que eu ia ser engenheiro elétrico como meu tio, que não é engenheiro elétrico, diga-se de passagem. Mas na escola uma professora acreditou ter visto em mim um talento para desenho e pos-se a me ensinar a arte de desenhar.
Meu pai me colocou nas aulas de violão, para que eu aprendesse a tocar, como a sobrinha dele fazia - até com o mesmo professor, mas nunca pensou, nem pensei, em violão como profissão.
Minha tia, achava que eu ia ser pianista. E minha avó achava que eu ia ser médico. Alias ela morreu achando que eu era.
No meio de todas estas alternativas, eu. Bom, eu gostava de desenhar e achava que seria uma profissão bem legal. Meus primeiros desenhos foram escolhidos para exposições coletivas, criei algumas coisas que gosto, como um logo para uma instituição da cidade. Ganhei um concurso estadual de desenhos e achei ter encontrado minha profissão.
Até que uma professora começou a mostrar os segredos do universo, da ciencia e da física e o mundo perdeu um promissor desenhista, mas ganhou um fisico mediano :)
Eu acho que até hoje não me decidi por que profissão seguir. Até porque não decidi fazer Física, a Fisica me escolheu. Eu prestei Ciencia da Computação, mas minha pontuação foi suficiente para o curso de Física.
Reencontrei uma grande amiga da época de graduação que está dividindo o tempo de física com massagens ! Alias ela é a segunda que foi por este caminho.
Ontem conversando com um rapaz, estava me lembrando dos tempos de Office Boy. Tinha uma escola de computação que eu era monitor/estagiario, que quando não tinha Office Boy, eu assumia o glamuroso posto.
Resumo da Opera: Eu fazia desenhos, pensando em ser Engenheiro Eletrônico como meu tio que na verdade era técnico em Telecomunicações. Por não ter ido bem na prova de Fisica no vestibular pra Ciência da Computação, fui fazer Física, pra finalmente dar aulas de Ciência da Computação porque, quem faz Ciência da Computação não dá aulas e nas horas vagas eu estudo violão clássico e relembro os tempos de Office Boy.
Acho que qualquer dia destes largo tudo e vou fazer massagens !
Então, meu caro Blog-leitor: Não se preocupe com que carreira seguir: Ela te encontrará e você não escapará dela !
Em tempo: Ainda gosto de desenhar. Não tenho mais técnica, mas é bem divertido ! Acho que se hoje eu tivesse acesso as pessoas que atualmente conheço, em particular, Pedro Cameron, eu seria um musico profissional. A vida tem caminhos estranhos !
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Projetos em blog...
Estou desenvolvendo uma versão paralela do meu Blog que consiste em disponibilizar os exercícios aqui resolvidos em forma de testes para quem possa interessar.
Instalei um contador de pagina e descobri que ninguem acessa meu Blog. Não que isso seja razão para prantos, afinal este Blog foi criado para que eu registre os exercícios que vou resolvendo. Mas me ocorre que talvez quem queira Exercícios de Fisica, talvez procurem de outra maneira.
Estou cotando um servidor e em breve terei alguma coisa no ar. Não vou matar o Blog, continuarei registrando as resoluções completas por aqui.
Tenho muita coisa resolvida em papel, mas ainda não digitalizei muitos. Vou ver se aproveito o Carnaval pra andar um pouco !
Instalei um contador de pagina e descobri que ninguem acessa meu Blog. Não que isso seja razão para prantos, afinal este Blog foi criado para que eu registre os exercícios que vou resolvendo. Mas me ocorre que talvez quem queira Exercícios de Fisica, talvez procurem de outra maneira.
Estou cotando um servidor e em breve terei alguma coisa no ar. Não vou matar o Blog, continuarei registrando as resoluções completas por aqui.
Tenho muita coisa resolvida em papel, mas ainda não digitalizei muitos. Vou ver se aproveito o Carnaval pra andar um pouco !
Classicos !
Já que as ferias estão no fim (quando escrevo, não quando publico), vou escrever sobre um assunto bem de férias: Filmes.
É comum perguntarem qual o seu, meu, nosso, filme preferido. Em cada etapa da minha vida eu respondo um. Já passei por "Luzes da Cidade" de Chaplin a "Duas vidas", um filme bem atual.
As vezes coloco "O voo da Fenix" no topo da lista, outras vezes, outros entram.
Mas um filme, para ser bom, deve ser como uma tela de arte. Cada vez que vemos, vemos algo novo.
Por falar nisso, é incrivel o que as obras de Leonardo Davinci conseguem. Tantos anos de exposição publica, conseguem ainda trazer interpretaões surpreendentemente novas. Como toda a polemica, agora já diluída, dos livros e filmes relacionados ao "Codigo Davinci". O sorriso da Monalisa ainda despertando a curiosidade e a cada geração trazendo releituras novas.
Os queijos são assim: Comer um bom queijo Roquefort, para cada prato e hora do dia, um sabor diferente. (Adoro queijos).
Me lembro da musica de Caetano Veloso: Sampa. Ainda hoje, quando escuto, tento encontrar visões da letra que haviam me escapado.
Conto tudo isso, para falar de um filme que, surgiu na decada de 80, que assisti no cinema e em video e que pra mim é um classico de minha época: "Amadeus" de Milus Forman.
Quando o assisti pela primeira vez, meus conhecimentos de música e da vida de Mozart eram poucos. Hoje, muitos detalhes posso rever como revendo uma tela.
A começar do nome: Porque não chamar o filme de Wolfgang ou de Mozart, mas sim de Amadeus. Amadeus tem o mesmo significado de Teofilo, ou seja, quem ama a Deus, ou a quem Deus ama. E é impressionante como este nome consegue sintetizar o enredo do filme. Saliere se questiona a todo tempo sobre o porque Deus prefere a Mozart e não a ele.
Nas primeiras cenas, um Padre diz a Saliere que para Deus todos são iguais. Sua reação, quase invisível, só me tornou visivel agora, sabendo de toda a história.
O impressionante casting de atores teatrais e sem grandes marcas cinematograficas até então, a escolha das músicas, de figurino e edição, fazem deste filme um dos mais belos que vi surgir em minha geração.
O filme foi ganhador, merecido de 8 oscar, incluindo o de melhor filme !
Um filme feito para rever !
É comum perguntarem qual o seu, meu, nosso, filme preferido. Em cada etapa da minha vida eu respondo um. Já passei por "Luzes da Cidade" de Chaplin a "Duas vidas", um filme bem atual.
As vezes coloco "O voo da Fenix" no topo da lista, outras vezes, outros entram.
Mas um filme, para ser bom, deve ser como uma tela de arte. Cada vez que vemos, vemos algo novo.
Por falar nisso, é incrivel o que as obras de Leonardo Davinci conseguem. Tantos anos de exposição publica, conseguem ainda trazer interpretaões surpreendentemente novas. Como toda a polemica, agora já diluída, dos livros e filmes relacionados ao "Codigo Davinci". O sorriso da Monalisa ainda despertando a curiosidade e a cada geração trazendo releituras novas.
Os queijos são assim: Comer um bom queijo Roquefort, para cada prato e hora do dia, um sabor diferente. (Adoro queijos).
Me lembro da musica de Caetano Veloso: Sampa. Ainda hoje, quando escuto, tento encontrar visões da letra que haviam me escapado.
Conto tudo isso, para falar de um filme que, surgiu na decada de 80, que assisti no cinema e em video e que pra mim é um classico de minha época: "Amadeus" de Milus Forman.
Quando o assisti pela primeira vez, meus conhecimentos de música e da vida de Mozart eram poucos. Hoje, muitos detalhes posso rever como revendo uma tela.
A começar do nome: Porque não chamar o filme de Wolfgang ou de Mozart, mas sim de Amadeus. Amadeus tem o mesmo significado de Teofilo, ou seja, quem ama a Deus, ou a quem Deus ama. E é impressionante como este nome consegue sintetizar o enredo do filme. Saliere se questiona a todo tempo sobre o porque Deus prefere a Mozart e não a ele.
Nas primeiras cenas, um Padre diz a Saliere que para Deus todos são iguais. Sua reação, quase invisível, só me tornou visivel agora, sabendo de toda a história.
O impressionante casting de atores teatrais e sem grandes marcas cinematograficas até então, a escolha das músicas, de figurino e edição, fazem deste filme um dos mais belos que vi surgir em minha geração.
O filme foi ganhador, merecido de 8 oscar, incluindo o de melhor filme !
Um filme feito para rever !
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Fim das ferias e promessa de ano novo (de novo)
Hoje recomeçam as aulas pra valer. Estou com três disciplinas neste semestre. Uma totalmente nova e duas de sempre. Mais uma vez, nada de Fisica ! :)
Alguns alunos estavam comentando que minha disciplina de segundo ano (Estrutura de Dados) é terrível, medonha e perigosa. Eu sempre fico temeroso quando ouço estes comentários, porque não sei até que ponto os alunos sabem separar o que é a dificuldade intrinsica da matéria e a contribuição do professor.
No caso de Estrutura de Dados, vejo que os alunos tem certa dificuldade em abstrair e principalmente em programar tal abstração, no entanto, sempre ouço coisas como "O prof. pega pesado nesta disciplina". Mesmo tendo disponibilizado tantos materiais de apoio, como apostilas, exercícios, programas e animações.
Este ano parece que meus alunos vem com uma base um pouco melhor de programação. Espero poder aproveitar isso com eles.
Reacertando a bicicleta
No primeiro POST de 2007 comentei de meus planos, ainda em 2005 de durante o ano de 2006 pedalar 20 km initerruptos. Porém não tinha alcançado tal feito.
Pois semana passada tive uma surpresa. Descobri que o computador de bordo que uso na bicicleta estava descalibrado. Ao inves de estar configurado para uma roda de raio 27 cm, estava com um raio de 17 cm.
Isto faz com que a medida registrada como 2 x PI x (17) fosse na verdade 2 x PI x (27), ou seja, todas as minhas medidas foram divididas por um fator 1,59 !
Peguei então meu arquivo de Logs de meus passeios de bicicleta e encontrei que a maior distância que percorri initerruptamente em 2006 foi registrada como 9 km. O que dá, reajustado uma distância de 14 km aproximadamente.
Se eu soubesse que faltavam apenas 6 km para completar meu feito, teria me disposto a completá-lo, mas como a meu ver eu tinha percorrido somente metade da distância proposta, parei por aí.
Calibração de aparelhos é um problema sério.
A partir de amanhã exercícios de eletricidade básica.
Alguns alunos estavam comentando que minha disciplina de segundo ano (Estrutura de Dados) é terrível, medonha e perigosa. Eu sempre fico temeroso quando ouço estes comentários, porque não sei até que ponto os alunos sabem separar o que é a dificuldade intrinsica da matéria e a contribuição do professor.
No caso de Estrutura de Dados, vejo que os alunos tem certa dificuldade em abstrair e principalmente em programar tal abstração, no entanto, sempre ouço coisas como "O prof. pega pesado nesta disciplina". Mesmo tendo disponibilizado tantos materiais de apoio, como apostilas, exercícios, programas e animações.
Este ano parece que meus alunos vem com uma base um pouco melhor de programação. Espero poder aproveitar isso com eles.
Reacertando a bicicleta
No primeiro POST de 2007 comentei de meus planos, ainda em 2005 de durante o ano de 2006 pedalar 20 km initerruptos. Porém não tinha alcançado tal feito.
Pois semana passada tive uma surpresa. Descobri que o computador de bordo que uso na bicicleta estava descalibrado. Ao inves de estar configurado para uma roda de raio 27 cm, estava com um raio de 17 cm.
Isto faz com que a medida registrada como 2 x PI x (17) fosse na verdade 2 x PI x (27), ou seja, todas as minhas medidas foram divididas por um fator 1,59 !
Peguei então meu arquivo de Logs de meus passeios de bicicleta e encontrei que a maior distância que percorri initerruptamente em 2006 foi registrada como 9 km. O que dá, reajustado uma distância de 14 km aproximadamente.
Se eu soubesse que faltavam apenas 6 km para completar meu feito, teria me disposto a completá-lo, mas como a meu ver eu tinha percorrido somente metade da distância proposta, parei por aí.
Calibração de aparelhos é um problema sério.
A partir de amanhã exercícios de eletricidade básica.
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Metro Linha 743
Ontem, assistindo ao jornal regional (o telejornal da TV Globo para a nossa região) vi a noticia da morte de um professor que trabalhava a poucos metros de onde trabalho. Um professor de origem alemã e com uma personalidade que me intriga, talvez por ter traços da minha e ser, em sua essencia, uma personalidade que sempre procurei evitar.
Quem conhecia o professor Hans, sabia que fazer uma unica coisa, era pra ele tortura. Sempre atendendo um orientado, um telefone e um celular ao mesmo tempo, seus prazos sempre eram para ontem, os mais otimistas.
Durante uma época tive muito contato com ele, época em que eu fazia manutenção de maquinas e portanto ele era um dos meus clientes VIPs. Sua voz ao telefone - "Samuel, é o Hans, tudo bem ?" era sinal claro de problemas dos grandes. Aliado ao seus prazos sempre justos, ele tinha um conhecimento de hardware e programas muito acima da média e problema com ele era no minimo um problemão. Então, ligação dele, significava no minimo mega-problema pra resolver pra ontem.
Chegamos a ter atritos por conta disso e quando deixei de trabalhar com manutenção, foram poucas as vezes que nos esbarramos. Felizmente destas vezes em situações mais amenas.
Um dia, conversando com amigos - ele estava junto na roda, comentavamos dessa sua necessidade de estar sempre em movimento, como evitando ficar parado e se tornar um alvo facil, se candidatando a todo instante a um enfarte. Disse a ele, se ele tinha medo dos comedores de cabeça, porque eles sabem que quem pensa, pensa melhor parado. Ele, desta vez não respondeu de cara. Pensou um pouco, deu um sorriso e nunca respondeu. Alias um raro sorriso.
Ironicamente aquele jovem professor, pai de dois filhos pequenos, deixou o mundo, na ilha de Fernando de Noronha, talvez um dos lugares mais tranquilos da Terra. De ferias.
Seu ultimo email para mim, foi sobre uma bicicleta que ele trouxe da Alemanha, uma Condor da decada de setenta/oitenta. Uma bela bicicleta de linhas classicas para uso nas cidades. Tipicamente e tranquilamente europeu.
A vida é ironica !
Descanse, caro Hans.
Quem conhecia o professor Hans, sabia que fazer uma unica coisa, era pra ele tortura. Sempre atendendo um orientado, um telefone e um celular ao mesmo tempo, seus prazos sempre eram para ontem, os mais otimistas.
Durante uma época tive muito contato com ele, época em que eu fazia manutenção de maquinas e portanto ele era um dos meus clientes VIPs. Sua voz ao telefone - "Samuel, é o Hans, tudo bem ?" era sinal claro de problemas dos grandes. Aliado ao seus prazos sempre justos, ele tinha um conhecimento de hardware e programas muito acima da média e problema com ele era no minimo um problemão. Então, ligação dele, significava no minimo mega-problema pra resolver pra ontem.
Chegamos a ter atritos por conta disso e quando deixei de trabalhar com manutenção, foram poucas as vezes que nos esbarramos. Felizmente destas vezes em situações mais amenas.
Um dia, conversando com amigos - ele estava junto na roda, comentavamos dessa sua necessidade de estar sempre em movimento, como evitando ficar parado e se tornar um alvo facil, se candidatando a todo instante a um enfarte. Disse a ele, se ele tinha medo dos comedores de cabeça, porque eles sabem que quem pensa, pensa melhor parado. Ele, desta vez não respondeu de cara. Pensou um pouco, deu um sorriso e nunca respondeu. Alias um raro sorriso.
Ironicamente aquele jovem professor, pai de dois filhos pequenos, deixou o mundo, na ilha de Fernando de Noronha, talvez um dos lugares mais tranquilos da Terra. De ferias.
Seu ultimo email para mim, foi sobre uma bicicleta que ele trouxe da Alemanha, uma Condor da decada de setenta/oitenta. Uma bela bicicleta de linhas classicas para uso nas cidades. Tipicamente e tranquilamente europeu.
A vida é ironica !
Descanse, caro Hans.
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