Mas vamos a um pouco de teoria, que não faz mal pra ninguém.
O problema é o seguinte: Calcule o módulo da aceleração de um móvel, preso a uma corda de raio R, girando num período constante T.
A primeira vista a resposta é fácil, se o período é constante, então a velocidade é constante e portanto não há aceleração, certo ? Muito bem. Errado !
Errado porque, apesar do módulo da velocidade ser constante, de fato, o vetor velocidade muda de direção a todo instante e se mudou, acelerou !
Muito bem. Na figura ao lado, tem um desenho do movimento (acho que pra ver melhor é preciso dar um click nela). Inicialmente vamos considerar que a velocidade do móvel é v1 no ponto P e v2 no ponto Q. Sabemos que ambos os vetores tem mesmo módulo e vamos supor que entre o ponto P e Q, o ângulo formado entre o centro da circuferência (vamos chamar de O) P e Q é o (deveria ser a letra grega teta minúscula, como nos livros conceituados, mas como não faço a mínima idéia de como fazer letra grega no Blog e este também não é, ainda, um Blog conceituado, vai ser "o" mesmo.É bom lembrar que o deve ser um ângulo pequeno. Por exemplo quarenta e cinco graus já não fica muito bom.
Bem, voltando. O vetor velocidade é sempre tangencial a circunferência. Assim, o ângulo o entre OP e OQ também é o ângulo entre v1 e v2.
Pô, isso é bom, não é ? Semelhança de triângulos ajuda muito na hora de resolver problemas. Como o que nos interessa é a variação de velocidade delta v (outra vez, problemas ao encontrar caracteres gregos, esses gregos, parece que não tinham Internet). Mas pela semelhança dos triângulos, a relação:

Que podemos rearranjar para:
Muito bem. Como o que queremos encontrar é a aceleração e esta é a relação entre a variação de velocidade e um determinado espaço de tempo, temos:
No limite, quando delta t tender a zero (não sabe limite ? Ô cuitado !!!! Um dia você aprende. Talvez eu poste aqui alguns conceitos, não perca !), temos:
Esta é a expressão que pode ser usada em milhares de problemas. Mas o que fornecemos não foi a velocidade e sim o período de revolução. Ora relampagos. Se o perímetro da circunferência é dado por 2 . pi . R, então nosso v é isso aí dividido por T. O que temos finalmente:
Muito bem. Temos a aceleração causada pela força centripeta (para o centro). Se quiser saber a intensidade desta força é só multiplicar pela massa do objeto.
A tal da Força G tem modulo igual a esta força, porém sentido contrário (centrifuga ou fugindo do centro). Como já comentei outro dia, essa força de fato não existe. É a sensação que alguém que estivesse solto dentro de nosso objeto rodante (rodante é bonito demais, agora alem de fisico virei criador de palavras, o que o poder faz com o cidadão) sentiria contra o piso em função da Inércia querer levar o nosso alguém a continuar em linha reta (em direção ao v1 ou v2 no desenho lá de cima).
Este exercício é difícil para estudantes de nível médio, mas é entendível. Amanhã vou tentar colocar uns números nele pra ficar mais simpático.
(Fala sério, uma formula com pi é simbolo de nerdisse... Aquele program Mythbuster - que eu adoro - já abre com uma formula envolvendo pi...)



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